Viajar de cruzeiro é muito gostoso. Tem seus benefícios, como conhecer diversos lugares em uma só viagem, a estrutura do navio, comida e as vezes bebida disponível o tempo inteiro (all inclusive), festas e atividades para não ficar parado um só momento, dentre outros. Mas também tem seus malefícios: as vezes para em cidade não tão bonitas, piscinas e cadeiras de sol lotadas, restaurantes lotados… Bem essa viagem que eu vou contar nesse post eu fiz em um cruzeiro pelo caribe – Aruba, Curaçao, Colón e La Guaíra – com a minha irmã com a operadora Pullmantur. Eu li alguns relatos que, infelizmente, a empresa faliu, mas existem outras empresas que fazem o roteiro semelhante ao que fizemos. Portanto, esse post pode ajudar na sua viagem também.
Resolvemos escolher Cartagena das Índias como nosso ponto de partida do navio devido ao preço ser mais barato e ser uma cidade encantadora onde pudemos conhecer com mais detalhes durante essa viagem. Eu fiz um post inteiro sobre Cartagena, se quiser saber mais, clique aqui. Chegamos cedo ao porto de Cartagena (importante salientar que não é no mesmo local onde se pega os barcos para ir para à Isla del Rosario. Este fica um pouco mais longe na região chamada Manga e aconselho você ir de táxi até la, lembre-se de negociar o preço antes de sair caso seja um táxi de rua.
- Quer saber mais sobre Cartagena? Escrevi um post inteirinho sobre a cidade bem aqui.
Chegando ao Porto se prepare para uma estrutura nada confortável. Não existem cadeiras para sentar e o local é qua
se que todo aberto – sim, se chover você e suas malas vão se molhar. Você precisa ficar em uma fila e esperar até estar liberado e você poder fazer o check in e entrar no navio. Como esse tempo é beeeem longo, as pessoas deixam suas malas na fila e tentam se abrigar de alguma forma do sol, do calor e do cansaço nas pernas. Sim, as malas vão te acompanhar o tempo todo, pois no Porto de Cartagena o check in, a esteira, a detector de metais, e despacho das malas, acontecem praticamente tudo junto.
Fila de malas no porto de Cartagena
Por outro lado, o local é lindo, quase um parque, com araras coloridas espalhadas pelo local. Na nossa saga de fila recebemos uma visita de um pavão caminhando entre as malas e pessoas como se nada estivesse acontecendo.
Pavão no porto de Cartagena das Índias
No dia do nosso embarque chegamos bem cedo porque a ideia era aproveitar a estrutura do navio e inclusive almoçar lá. Mas com o tempo que ficamos na fila, hoje eu aconselho a você aproveitar um pouco mais a cidade e não chegar tão cedo porque todo esse processo de espera é realmente desgastante e não vale a pena. Ou chegue cedo o suficiente para ser o primeiro a entrar, mas, mesmo assim, ainda vai ter que esperar.
Navio da Pullmantur – Monarch
Não vou me estender muito para falar sobre o navio já que, conforme mencionei no início, a empresa Pullmantur declarou falência e, pelo que sei, não faz mais viagens. A estrutura do navio era boa, principalmente pensando no custo-benefício que pagamos na época. Todas as vezes que viajei de cruzeiro, optei por uma cabine interna. Por que? Gente, a não ser que você faça um cruzeiro transatlântico, que atravessa o mundo e você vai ficar realmente dias “preso” no navio, não vale a pena financeiramente pagar por quartos externos. O lugar que você menos vai ficar é o quarto e o que você precisa dele, uma cabine interna vai te atender. O cruzeiro era all inclusive considerando alguns coquetéis e tinha aquelas famosas festas e espetáculos que todo cruzeiro possui – festa do capitão, festa a fantasia, festa do caribe (que só tocou música brasileira, não entendi porque), etc. Leve sempre uma roupa um pouco mais chique pois a festa do capitão as pessoas geralmente se arrumam um pouco mais.
Em todos as viagens que fiz até hoje, o almoço era liberado em restaurantes próximos às piscinas até um determinado horário, com alguns quitutes na área externa durante todo o dia como hamburguer, batata frita e hot dog – SIM TUDO A VONTADE! Como os refrigerantes estavam incluídos, você pode pegar copos e retirar sua bebida nas máquinas.
Navio Pullmantur
Já o jantar funciona diferente, ele é a la carte (mas que também está incluído no pacote), e acontece nos restaurantes um pouco mais chiques dentro do navio. As cabines são divididas por horários onde o primeiro horário geralmente os passageiros assistem o espetáculo da noite no teatro após o jantar e o segundo horário inverte. Você só poderá jantar no seu horário. A nossa mesa só tinha brasileiros o que foi muito bom pois conhecemos pessoas incríveis durante o período dos jantares. Sempre são os mesmos passageiros na mesa. Quando a viagem é fechada com mais passageiros de uma só vez, geralmente esses ficam juntos na mesma mesa e no mesmo horário de jantar. Durante a noite as piscinas ficam fechadas para limpeza. Existem diversas baladas que podem ser aproveitadas que se estendem durante a noite. E pra quem gosta de arriscar na sorte, todos os cruzeiros contam com cassinos que funcionam enquanto o navio está em alto-mar. As piscinas, as jacuzzis e as cadeiras de sol são os lugares mais disputados principalmente durantes os dias que o navio fica o dia inteiro navegando. Então se deseja aquele lugar especial, vai ter que acordar cedo!
Piscina Pullmantur Monarch
Durante o cruzeiro caso quisesse comprar alguma coisa como fotos, suvenires nas lojinhas do shopping, bebidas adicionais ou ainda fechar algum pacote de passeio durantes as paradas, a moeda sempre é o dólar e nos lugares onde você vai parar também se aceitam os dólares mas claro, sempre lembrando daquela regra que quem faz o câmbio são os próprios comerciantes e você sempre vai sair no prejuízo. Mas, para um passeio como esse que você visita vários países em curto espaço de tempo, a melhor estratégia realmente é usar o dólar. Se não você vai “morrer” com diversas moedas diferentes na mão, provavelmente. Ou ainda use bancos digitais com a Wise durante as paradas que vai te fornecer um cartão digital onde você vai pode pagar suas compras com a moeda local fazendo as transferências de dinheiro, com um IOF baixo, diretamente pelo app.
Agora vamos pular do navio para as paradas, começando com Aruba.
Aruba
Aruba foi a primeira parada do navio e já deu aquele gostinho de quero mais. Todos os passeios que fizemos pelas cidades compramos diretamente no navio porque, nosso idioma era precário e tínhamos pouca experiência com viagens internacionais. Mas tiveram brasileiros que conversamos que alugaram carro por uma diária durante a parada ou pegaram um táxi para explorar ainda mais o lugar. Só tome cuidado, essas duas opções podem te fazer perder o navio caso se depare com um trânsito ou intercorrências não esperadas mas claramente são mais baratas e, possivelmente, mais proveitosas.
Nosso passeio por Aruba era o que a gente mais queria nessas férias, descanso em uma praia paradisíaca – E QUE PARAÍSO! Sabe aquela praia dos sonhos com areia fina e branca e um mar verde cristalino? Ela existe! Nosso passeio estava com transporte para a praia Palm Beach e cadeiras e guarda sóis incluídos no valor. Você pode levar toalhas do navio para o passeio, o que é melhor ainda. Existem ainda diversos restaurantes na areia para você comer alguns inclusive flutuantes mas bem pertinho da areia. Por ser julho, época de férias, a praia estava bem cheia. Você tem também diversas opções de diversão como banana beach e disco que pode pagar para fazer. Diversos lugares, inclusive nas placas dos carros, você vai encontrar a descrição Aruba – One Happy Island. E é exatamente isso que senti pelo lugar. Nativos alegras e um ilha muito feliz. Os idiomas oficiais da ilha são holandês e o papiamento, além de falarem o espanhol e o inglês então não se preocupe, você conseguirá se comunicar facilmente por lá com o portunhol, que foi o nosso caso. A última foto aqui representa o que eu senti por Aruba.
Diversão na praia Palm Beach
Mar cristalino Palm Beach
Aruba – Palm Beach
Aruba – Paraiso
Placa de carro Aruba – One Happy Island
I love Aruba
Voltando para o navio, não esqueça de reservar um dia para observar o por do Sol. Ele se escondendo, no meio do oceano, é uma vista incrível.
Por do Sol – Navio Pullmantur
Curaçao
Antes de fazer essa viagem eu tinha um sonho: nadar com os golfinhos. Geralmente somente as pessoas que viajavam ao México conseguiam essa regalia. Até eu descobri que em Curaçao também havia esse passeio. Bem a parada por Curaçao era muito rápida. Chegamos de manhã, por volta das 8 horas e o navio zarpava às 15, ou seja, de qualquer forma não tinha muito tempo pra fazer outros passeios mais longos, infelizmente, porque a cidade parece ser um charme. Do mesmo jeito que em Aruba, saindo do navio já havia um transporte para nos levar até o aquário. Quem já visitou o parque de diversão Hopi Hari que fica em São Paulo, vai ver algumas coincidências no idioma “hopês” com algumas palavras tanto em Aruba como em Curaçao. A entrada do aquário já nos recepcionaram com um “Bon bini”.
Bom Bini Curaçao
Ao entrar no aquário a gente passou por uma salinha de treinamento que explica todos os cuidados na hora de nadar com os golfinhos e antes de entrar na água você pode escolher se vai precisar de coletes ou não. Nós sabemos nadar, mas de princípio achamos que seria interessante pegar os coletes até nos deparar com crianças bem pequenas escolhendo ficar sem colete o que foi quase humilhante para nós, risos. Então decidimos seguir sem o colete mesmo. O local onde fica os golfinhos é um mar represado e bem lindo. Fala sério, olha a cor desse mar, parece muito uma piscina!
Mar de Curaçao
Nadando com os golfinhos – Curaçao
Tivemos uma sorte gigantesca durante o passeio. Os pais da menina que estava conosco no passeio ficaram assistindo de fora e tiraram várias fotos durante nosso tempo na água com os golfinhos, mas, mesmo assim, decidimos comprar uma foto impressa cada para guardar de recordação.
Dede e Pasku, os golfinhos que nadaram comigo
Após o nado com os golfinhos tivemos uma experiência incrível com um show de golfinhos e seus treinadores.
Show dos golfinhos
Você também vai encontrar alguns outros moradores fofos no aquário, olha só esses flamingos lindinhos.
Flamingos em Curaçao
La Guaíra
La Guaíra, na Venezuela, é a parada menos praiana do cruzeiro. O navio atracou no porto de La Guaíra logo cedo e, quando acordamos para toma nosso café da manhã, não tivemos uma surpresa muito boa. A cidade não é muito bonita e o visual do navio não é nada encantador. Um amontoado de casinhas humildes que vão desenhando o morro, lembrando paisagens do Rio de Janeiro.
Vista do Navio – Porto de La Guaíra
Bem, como não havíamos comprado nenhum passeio para essa cidade, decidimos que íamos ficar no cruzeiro esse dia e aproveitar a estrutura que ele oferecia. Entretanto, eu tinha acordado no dia com bastante dor de garganta – o navio tem ar-condicionado ligado 24 horas por dia então é comum as pessoas apresentarem sintomas de resfriado por ficar entrando e saindo do contato com o ar o tempo todo. Resolvemos então descer e tentar encontrar uma farmácia. O primeiro contato com a Venezuela foi a paixão que eles têm pelo seu ex-presidente Hugo Chávez. Descendo no porto já nos deparamos com um altar dedicado à ele e fotos espalhadas por todos os cantos. Na época ele havia acabado de falecer pode ser também esse o motivo das homenagens.
Altar em homenagem ao Hugo Chávez – Porto La Guaíra
A sensação de estar na rua não foi muito boa, sentimos um pouco de insegurança, havia muitas pessoas pedindo dinheiro na saída do porto. Pelo menos a farmácia era perto, mas, chegando la, nos deparamos com outra surpresa: prateleiras vazias. Já havia ouvido falar que isso era bastante comum no país por causa da situação econômica e política, porém ver de perto é outra coisa. E não era só na farmácia, a situação se repetia em outros comércios como mercados. Bom, pelo menos conseguimos o medicamento e na volta para o navio reparamos que dentro do porto, onde somente pessoas que estão no navio podem entrar, há pequenos comércios que vendem utensílios básicos como shampoo e escova de dente e, conversando com as pessoas, descobrimos que é exatamente pelo fato de que se turistas precisarem, pode ser quem tenham dificuldade de encontrar na cidade.
Bom, infelizmente eu não tenho muito mais para contar sobre a cidade, mas lendo na internet, eu vi que é um local mais voltado para passeios com aventura.
Colón
Estamos chegando no fim dessa viagem incrível e a última parada do Cruzeiro é no Panamá em uma cidade chamada Colón. Bem, eu já tinha pesquisado que o lugar era bom para fazer compras por se tratar uma zona livre de impostos. Como estava precisando de um celular novo, escolhemos o passeio do dia: bater pernas pela zona livre de Colón. O local é muito próximo do porto, podendo ir a pé, mas, caso queira, você também pode fazer outros passeios como visitar praias ou conhecer o canal de Panamá.
Zona livre de Colón – Panamá
É isso, espero que vocês tenham gostado da nossa experiência nesse cruzeiro e que meus relatos possam te ajudar na sua próxima viagem!
